Invasoras de difícil controle.

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Por Talles Soares Rosa.

Como a Integração Lavoura Pecuária (ILP) e a Pulverização Localizada de Herbicidas (PLH) podem ajudar?

A dificuldade de controle de invasoras segue cada vez mais desafiadora no manejo da cultura de soja, principalmente em um ano de custos de herbicidas crescentes.

No sul do RS a principal invasora na cultura da soja é a BUVA (Coniza bonariensis), onde as variantes com germoplasma resistente ao herbicida glifosato estão cada vez mais disseminadas pelos campos gaúchos.

Existem outras espécies (principalmente de folhas largas) tais como Nabo (Rafanus sativus), Maria Mole (Senecio brasiliensis), Flor Roxa (Echium plantagineum) e Língua de Vaca (Rumex spp) que também competem com a pastagem plantada e que diminuem em muito a produtividade das forrageiras pela mato-competição e reduzem o aproveitamento do campo na conversão em carne/leite.

    Diante de tal situação uma das práticas de melhor resultado atualmente é o controle de plantas daninhas efetuado no inverno ou começo da primavera com herbicidas latifolicidas de forma a eliminar plantas sobreviventes do ciclo anterior, e plantas novas que germinam durante o inverno e começo da primavera (pré-plantio de soja).

Entre os herbicidas mais utilizados estão os princípios ativos a base de 2,4-D, CLORIMURON e SAFLUFENACIL, porém como os custos dos mesmos subiram bastante do ano passado para este (alguns tiveram mais de 100 % de incremento), aliado a pressão de controle e uso consciente para o menor impacto ambiental também. Torna-se imperioso cada vez mais que se fala o controle de plantas daninhas com parcimônia e de forma certeira.

Um manejo bastante utilizado no sul do RS é o uso da cultura do Azevém (Lolium multiflorum) nas restevas como forma de buscar uma cobertura de solo, explorar outra fonte renda (pecuária) e ajudar no controle de invasoras na próxima safra. Como utiliza-se o pastoreio para a colheita da forragem o gado permanece um bom período nos potreiros onde tem a ILP (Integração Lavoura Pecuária), então como fazer o controle no melhor momento?

A AVANT Sementes & Drones desenvolveu uma tecnologia para que consigamos controlar as invasoras da pastagem citadas acima pulverizando somente aonde as mesmas ocorrem, a PLH (Pulverização Localizada de Herbicidas) com isso reduzindo em até 80% o custo com herbicidas e diminuindo o impacto ambiental de forma consistente pois utilizará menor quantidade de produtos, embalagens, água e tempo, mas como fazemos isso?

Podemos fazer basicamente de duas formas:

1ª) Manejando as pastagens com pastoreio rotativo e após 10 dias da retirada do gado do potreiro, fazemos a identificação com drones de imageamento, geramos mapas de pulverização e colocamos nos equipamentos de pulverização, na sequência pulverizamos a área com o herbicida selecionado pelo produtor/assistência técnica, aplicando apenas nos locais onde existe a presença das plantas daninhas;

2ª) Após fazermos a dessecação da área (30 a 40 dias antes do plantio utilizando glifosato), passados 15 dias fazemos a identificação com drones de imageamento, geramos mapas de pulverização e colocamos nos equipamentos de pulverização, na sequência pulverizamos a área com o herbicida selecionado pelo produtor/assistência técnica, aplicando apenas nos locais onde existe a presença das plantas daninhas da mesma forma que o anterior;

E ainda poderíamos utilizar uma situação híbrida em que faríamos as duas formas, assim seria um sequencial de herbicidas onde pegaríamos várias “camadas” de plantas (de diferentes momentos de nascimento e desenvolvimento fenológico).

No primeiro caso após 30 dias da aplicação poderíamos retornar com o gado para o pastoreio direto, e no segundo precisaríamos de pelo menos 15 dias antes do plantio para evitar fitotoxicidade na cultura da soja.

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